5,5 meses

¿Faz o possível para criar um ambiente à medida do seu filho?
> Na falta de um quarto próprio, basta preparar um recanto da casa, mesmo que solo seja limitado por um biombo ou uma cortina. O objetivo é que o bebé possa treinar para se “expressar” como indivíduo, brincando a vontade y permanecendo sozinho, sem ter de compartilhar o espaço doméstico com a mamã eo papá a toda hora.

Corre para ele assim que o ouve chorar?
Saber que a mamã está sempre pronta a intervir é muito bom para a criança e para o seu sentimento de segurança.

> No entanto, muitos psicólogos infantis aconselham a fazer um pequeno intervalo entre o mau humor do pequeno e a resolução do seu problema. Por exemplo, comentando o que se passa; “Estás com fome?”, “Queres miminhos?”, “Pois é, temos de mudar essa fralda …”,etc, estará não apenas a satisfazer as suas necessidades materiais ou físicas mas também as de diálogo e comunicação afectiva. Igualmente, permitimos ao bebé experimentar uma sensação de espera que lhe irá “obrigar” a criar as primeiras estratégias para lidar com o seu mal-estar.

O seu filho faz uma birra sempre que o despe?
> Trata-se de um comportamento estritamente relacionado con a consciência de si mesmo. Até cumprir um ano, o bebé não tem os seus limites físicos bem específicados. Do nosso lado, qualquer forma de contenção (como os braços da mamã ou a mantinha do berço) funciona como uma linha de demarcação. O mesmo se passa com a roupa: tanto as camisolinhas, os baby-grow, como meias e os sapatinhos ajudam-no a sentir-se “contido”.

> Estes comportamentos podem prolongar-se até aos dois ou três anos, porque as peças de roupa mantêm uma função de “escudo” protector. Tanto assim que podem, às vezes, ser muito úteis para ajudar a criança a lidar com as primeiras separações dos pais.

O seu filho fala de si mesmo na terceira pessoa?
Por vezes, preocupamo-nos porque uma criança, que já se expressa, diz “O Lucas tem fome”, em vez de “Tenho fome”.

O uso correcto do pronome pessoal coincide, mais ou menos, com a altura em que a criança, para além de ter uma sensação corporal de si mesmo, começa a formar uma representação mental, como se se estivesse a observar a si mesmo. Sem esta imagem abstracta a criança não será capaz de reconhecer a sua imagem “de carne e osso”. Vendo-se ao espelho, antes dos 18 meses, dificilmente percebe que se está a ver a si próprio e nao a outra pessoa qualquer.

A sua filha é muito ligada ao papá?
Muitos meninos “namoram” com a mãe, tal como as meninas julgam que irão casar com o pai quando crescerem.

> Esta fase, que ocorre entre os 24 e os 30 meses, representa uma etapa fundamental para a construção do EU: a identidade sexual. As crianças apercebem-se de que existem diferenças anatómicas entre meninos e meninas e começam a manifestar uma predileção (transitória) pelo progenitor do sexo oposto.

… PARECE UM MAPA GEOGRÁFICO
> Como se manifesta. Aparecem umas manchas vermelhas ao longo de toda a superfície da língua que se destacam nitidamente da cor de fundo. Muitas vezes, sobrepõem-se umas às outras, dando à língua uma aparência semelhante a um mapa geográfico.

> Causas. As causas para esta alteracão são desconhecidas, mas sabe-se que pode durar algumas horas. Os médicos definem-na como um “eritema migratório” porque, com o passar dos dias, as manchas “deslocam-se” de uma zona da língua para outra. No entanto, isto não quer dizer que existam problemas de saúde.

O que fazer. A irritação soluciona-se por si mesma com o passar do tempo.

… A LÍNGUA TEM SULCOS PROFUNDOS
> Como se manifesta. A língua está sulcada por linhas um pouco mais vincadas que o habitual.

> Causas. Trata-se de uma característica da constituição da criança e não indica qualquer problema.

> O que fazer. É importante prestar um pouco mais de atenção à higiene oral do pequeno, de forma aevitar que os alimentos fiquem nos sulcos.

… A LÍNGUA TEM ALGUMAS BOLHAS
> Como se manifesta. Aparecem à superfície três ou quatro bolhinhas sem líquido, com um aro avermelhado e cobertas por uma membrana branca. São pequenas lesões, que chamamos “aftas comuns” para distinguir das aftas epizoóticas provocadas por um vírus.

> Causas. Não se conhecem, embora apareçam, sobretudo, se a criança estiver cansada ou a atravessar uma fase de stress, ou então quando está a convalescer de uma doença.

> O que fazer. Não é preciso fazer nenhum tratamento. Se as lesões doem, aplique um elixir desinfetante, que não arda e que tenha uma eficácia analgésica suave. Se aparecer com frequência consulte um pediatra já que pode significar carência de ácido fólico ou de ferro e, por esse motivo, uma ligeira anemia.

CONSULTAR O PEDIATRA SE…

… A LÍNGUA ESTÁ PÁLIDA
> Como se manifesta. A língua está pálida, principalmente dos lados e na parte de baixo.

> Causas. Este sintoma pode indicar que o seu filho tem pouca hemoglobina (uma substância que dá a cor característica aos glóbulos vermelhos do sangue) tendo, como consequência, uma ligeira anemia. A doença é mais provável se a criança apresentar sinais de cansaço.

> O que fazer. O pediatra pede sempre uma análise simples de sangue para estabelecer com precisão a origem do problema. Se a análise confirmar a suspeita de anemia, o médico prescreve um tratamento à base de suplementos orais de ferro.

… AS MANCHAS BRANCAS ESTENDEM-SE ÁS BOCHECHAS
> Como se manifesta. Sobre a língua e no interior das bochechas aparecem umas manchas brancas de consistência semelhante ao requeijão.

> Causas. Tratam-se dos sapinhos, uma infeção provocada por um fungo que normalmente vive nas mucosas (Candida albicans), ainda que, por vezes, se multiplique de forma anómala. É um problema frequente, principalmente nos primeiros anos do bebé.

> O que fazer. Recorre-se a medicamentos (em forma de spray ou de gel) que contenham substâncias antimicóticas.

… APARECEM AFTAS
> Como se manifesta. Sobre a língua (e no interior das bochechas), formam-se pequenas chagas dolorosas. Em pouco tempo, também as gengivas começam a ficar irritadas e vermelhas. Por esta altura, é muito provável o pequeno recusar-se a comer por causa da dor que sente ao mastigar.

> Causas. Os sintomas indicam a presença de uma gengivoestomatite aftosa, uma infeção provocada pelo vírus do herpes. Este vírus permanece latente no organismo mesmo depois da cura, mas está pronto para acordar a qualquer momento (principalmente em situações de stress ou cansaço).

> O que fazer. A infeção resolve-se por si mesma em cerca de sete dias. De qualquer modo, o pediatra pode receitar um antiviral para acelerar a cura. Para reduzir a dor e o formigueiro utiliza-se um anti-inflamatório e um elixir de suave efeito analgésico. Durante a evolução da doença o bebé deve ser alimentado à base de líquidos e productos frescos, que pode comer por uma palhinha para não irritar a boca.

… TEM BOLHAS QUE SE ALASTRAM ÀS MÃOS E AOS PÉS
> Como se manifesta. Esta doença é conhecida por “mão-pé-boca”. Neste caso, os responsáveis são vírus (coxsackies), que se transmitem por vía oral-fecal (quer dizer entrando em contacto com as fezes de pessoas infectadas ou através de gotinhas da saliva).

> O que fazer. Não existem antivirais específicos para facilitar a cura desta doença; Terá que esperar cerca de cinco días para dar tempo ao organismo de ativar as defesas necessárias para enfrentar o vírus. Nestes casos, é preferível consultar o pediatra.

… A LÍNGUA ESTÁ COM UMA COR PARECIDA AO MORANGO
> Como se manifesta. As papilas gustativas destacam-se sobre o fundo esbranquiçado do epitélio e a língua adquire um aspecto semelhante ao de uma fruta do bosque de cor intensa.

> Causas. Este é o primeiro sintoma da escarlatina, uma doença exantemática. Normalmente manifesta-se com febre, dor de garganta e vómitos, mas, sobretudo, através de umas inconfundíveis manchinhas vermelhas que cobrem rapidamente todo o corpo (exceto a zona entre o nariz e a boca, que se evidencia formando uma espécie de máscara branca) .

O que fazer. Perante estes sintomas deve consultar o médico de imediato que irá prescrever antibióticos específicos para acabar con o estreptococo beta hemolítico, a bactéria responsável por esta infeção.

SAL
> Os alimentos que dá ao seu filho devem ser frescos e naturais (cerca de 54% do sal procede de produtos industriais, como os molhos, batatas fritas, pipocas e refeições instantâneas), e hipossódicos (por exemplo, deve dar preferência ao queijo fresco, ao invés do curado, ou ao fiambre em vez de presunto curado).

> O desmame é um período muito importante para a formação do gosto. Por isso, não se deve incentivar a propensão para os alimentos demasiado salgados, que acompanhará a criança ao longo de toda a vida. É melhor deixar que o seu filho se habitue a apreciar o sabor mais natural dos alimentos.

> Para temperar basta usar vinagre de maçã ou limão, a substituir o sal. A partir dos dois anos, dê preferência às ervas aromáticas e às especiarias. Também é bom que aposte na imaginação: as cores e a variedade dos ingredientes atraem o interesse do seu filho.

AÇÚCAR
> O consumo de carbohidratos de rápida absorção deve ser limitado. É preferível ingeri-los às refeições para reduzir a velocidade a que são assimilados pelos intestinos. A rápida absorção, além da quantidade, é precisamente o maior problema, porque se segrega uma grande quantidade de insulina. E o seu excesso, com o tempo, provoca danos metabólicos, como o aumento da massa adiposa, da pressão arterial e dos triglicéridos na circulação, que dificultam o bom metabolismo da glicose, o que pode causar diabetes.

> Há que evitar as bebidas açucaradas: só devem dar-se às crianças excecionalmente. Um copo (200ml) de uma bebida açucarada equivale a quatro torrões de açúcar.

> Não se deve adicionar açúcar aos alimentos. Muitos alimentos contêm açúcar em quantidade suficiente. As recomendações dos especialistas focam-se numa mudança em relação ao tipo de carbohidratos a que se deve dar preferência, reduzindo o consumo de sacarose (açúcar) e escolhendo os açúcares complexos (presentes nas massas, no arroz, no pão e noutros cereais, legumes e batatas), que são assimilados mais lentamente e produzem energia de forma mais gradual.

> Não aos sabores demasiado doces. O bebé tem uma predileção pelos sabores doces, como o do leite materno. Na verdade, está provado que as primeiras preferências alimentares se mantêm também durante a infância e a adolescência. Por isso, a partir do desmame, o melhor é dar ao seu filho alimentos sem adição de açúcar, não só pelos benefícios a curto prazo, mas também para controlar a preferência pelos doces na idade adulta.

AS CONSTRUÇÕES
> Ponha o bebé num tapete, no chão, junto a objetos que lhe servirão de estímulo. Os cubos, encaixados ou empilhados uns em cima dos outros, podem transformar-se em cidades, castelos, arranha-céus, comboios, etc. Quando brincar com ele, não lhe “imponha” a sua habilidade e respeite o seu ritmo. Faça com que ele sinta a sua presença, mas sem invadir os espaços de iniciativa do seu filho, ainda que deva ficar junto a ele para lhe transmitir confiança, para o tranquilizar e para o apoiar.

> Sublinhe com um aplauso e um “bravo!”, tanto os êxitos quanto os fracassos (por exemplo, quando uma torre se desmorona). Esta diversão também é adequada para as crianças um pouco maiores (até aos 3-4 anos).

A MINHA AMIGA FLOR
> Não importa se ele ainda não sabe andar. Neste caso, o bebé vai no seu carrinho de passeio e será a mamã que o leva à descoberta da natureza. Ensinar as crianças a observar as plantas como seres vivos é algo de fantástico. Conte ao seu filho a história destas amigas especiais, que têm um corpo em forma de talo e ramos carregados de folhas e de flores coloridas.

> Se se explica ao pequeno o que ele está a ver (“isto é um girassol e isto é uma papoila”), ele começa a familiarizar-se com o meio ambiente. Se, além disso, a narrativa for acompanhada de algum detalhe imaginativo, a brincadeira funciona ainda melhor.

TU ATIRAS, EU APANHO
> Com 6-8 meses, a criança começa a descobrir que as suas ações têm um impacto no mundo, o que coincide com a etapa em que atira ao chão todos os objetos que tem ao alcance da mão. Por isso, para este “jogo”, não é preciso ir à procura de ocasião. Agache-se para apanhar a roca, a colherzinha ou o boneco atirado pelo bebé, e depois devolva-lhos. O mais provável é que o seu filho atire o objeto outra vez para o chão, pelo puro prazer de ver a sua “resposta”, estabelecendo, assim, uma comunicação consigo.

> É muito importante saber quando parar (por exemplo, enquanto a criança dirige a sua atenção para outro objeto), para que esta ação não se torne repetitiva e perca interesse.